sábado, 16 de julho de 2011

Dicas para escolher o seu seguro

Pequenos detalhes para escolher um um seguro bom e barato

Dicas para fazer seguro no carro novo
Você comprou seu primeiro carro e, antes de tirá-lo da concessionária, lembrou-se de que ainda precisa fazer o seguro. Por onde começar? Saiba que hoje em dia é cada vez mais difícil achar diferenças expressivas de preço entre uma seguradora e outra. A maioria delas trabalha com margens semelhantes. O grande segredo para conseguir bom preço é escolher um bom corretor. Caso ainda não tenha um, consulte amigos, colegas e conhecidos. Na primeira conversa, é preciso verificar se ele oferece variedade de planos que sejam modernos, competitivos e, de preferência, em seguradoras de renome. Quanto mais intimidade o corretor tiver com a estrutura da companhia, mais fácil será o trâmite caso você precise usar o seguro ou solucionar alguma dúvida. Não se assuste com nomes de companhias aparentemente desconhecidas. Não é raro grandes grupos internacionais – às vezes empresas bem antigas em seu país de origem – oferecerem planos por aqui.

Não economize na cobertura

Depois é hora de escolher o valor da cobertura. Há duas opções: o valor determinado (você escolhe quanto quer receber em caso de sinistro) ou o de mercado (recebe-se o valor do carro segundo uma tabela). Como o mercado está aquecido e os preços estão subindo, o mais recomendável é o preço de mercado. Optar por um valor determinado hoje é prejuízo quase certo. A base mais utilizada é a tabela da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Ao escolher a modalidade, há quem opte, para economizar, apenas pela cobertura contra furto e roubo. Essa economia, porém, não vale muito a pena. “Roubo, furto e colisão representam 70% do preço de um seguro. Mas, se tirar a cobertura contra terceiros, você não encontra um seguro 30% mais barato. A diferença é mínima no valor final, coisa entre 5% e 10%. As seguradoras têm números que indicam que os que se dispõem a abrir mão do seguro contra colisão em geral estão mais sujeitos ao roubo”, afirma Paulo Umeki, diretor do setor de automóveis da Liberty Seguros.
Regra semelhante vale para serviços que vêm sendo incorporados aos seguros. Atualmente, mesmo as coberturas mais básicas trazem guincho e chaveiro 24 horas, além de proteção para pane seca. Tirá-los barateia muito pouco hoje em dia. Mas o motorista pode dispensar o guincho 24 horas caso seu veículo seja novo e já conte com a assistência de fábrica ou via cartão de crédito. Vale lembrar que o preço médio desses serviços fica em torno de 100 reais por ano (pouco mais de 8 reais por mês).

A mentira custa caro

Embora haja sites especializados em cotações (um dos mais conhecidos é o http://quatrorodas.abril.com.br/autoservico/reportagens/www.seucorretor.com.br), o melhor é não fechar o negócio pela internet. Use essa cotação online para ir ao corretor, que em geral oferece condições diferenciadas e mais atraentes, além de permitir algum tipo de negociação. Ao preencher seu perfil, nem pense em lançar mão de mentirinhas, como dizer que guarda o automóvel na garagem do trabalho quando, na verdade, ele passa o dia na rua. Ou “esquecer” de incluir seu filho de 18 anos na lista dos motoristas mais comuns. É o tipo de detalhe que pode colocar em risco sua indenização, pois a seguradora provavelmente vai investigar – e comprovar a fraude.
Outro truque é colocar o seguro do veículo que é usado pelo casal em nome da mulher e afirmar que ela o utiliza por mais tempo. Sim, mulheres pagam menos, mas o que a seguradora vai verificar é o percentual de uso de cada motorista. Se comprovar que o homem fica com o carro 90% do tempo, também pode haver problemas.

A força das estatísticas

Foi-se o tempo em que o seguro era só um percentual sobre o valor do carro. Para precificar melhor a cobertura, as empresas criaram questionários cada vez mais detalhados. Pessoas mais jovens com modelos esportivos pagam mais. Usuários mais velhos e casados pagam menos. O bairro onde o veículo pernoita e se ele tem dispositivos de segurança também contam muito. Para tudo são levadas em conta estatísticas. Mas é aqui que você pode levar alguma vantagem. Como as seguradoras se baseiam apenas nas estatísticas da sua carteira de segurados, o prêmio de um determinado modelo pode variar de uma empresa para a outra. Por exemplo, se entre os clientes de uma seguradora o Stilo é mais roubado que um Golf, então o prêmio de um Stilo tende a ser mais caro que em outras empresas nas quais o Golf é mais roubado. Por isso é bom solicitar ao corretor a cotação em várias companhias.
Segurados que se comportam bem – ou seja, que não têm registros de sinistro – são premiados com os bônus, que pertencem ao usuário, não à seguradora. Significa que, se na renovação você resolve trocar de companhia, leva consigo os bônus, que são um desconto progressivo para o tempo que ficar sem sinistro (acidentes ou roubos). Esses bônus variam de 10% a 15% do primeiro para o segundo ano e, depois, entre 6% e 7% por ano. Os bônus são divididos em classes. Caso ocorra um sinistro, em geral não se perdem todos os bônus, mas apenas os de uma classe.

Cotação em primeiro lugar

Um erro muito comum de quem compra um zero-quilômetro é escolher o modelo primeiro, comprá-lo e só depois fazer o seguro. Em alguns casos, o prêmio pode ser tão caro que até poderia fazê-lo mudar de idéia. Só que depois da compra é tarde demais.

Bê-á-bá do seguro

  • Apólice: documento que a seguradora emite para o segurado depois da assinatura do contrato
  • Bônus: desconto concedido ao segurado conforme seu histórico de sinistros
  • Franquia: parte que será paga pelo segurado em caso de reparo no carro
  • Indenização: valor que o segurado recebe da seguradora em caso de perda total
  • Prêmio: valor que o segurado paga à seguradora
  • Sinistro: ocorrência de prejuízo com o veículo (acidente, roubo etc.)

A exceção

Mesmo que você tenha uma corretor de confiança e que disponha de ótimos preços, há um caso em que vale cotar em outro lugar. Há montadoras que fecham convênio com seguradoras para conseguir preços especiais, que são oferecidos na concessionária no ato da compra. É o caso de alguns utilitários esportivos e jipes, cujo seguro pode cair até pela metade.

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